sexta-feira, 22 de março de 2013

Sobre se sentir pequeno

Por mais incrível que possa soar existe uma maneira certa de se sentir pequeno, eu não digo isso só por que eu sou baixinho, mas existem muitas pessoas que querem se sentir maiores que as outras por todos os motivos errados, por ser maior fisicamente, por entender mais sobre algum assunto específico do que o outro, por achar que as coisas que ela estuda são mais importantes... essa é a maneira errada de você se sentir pequeno, ninguém é realmente tão maior do que o outro a ponto de você ter que se sentir assim (nem mesmo seu chefe). A maneira certa de se sentir pequeno você encontra na arte, na física ou mesmo na religião, é a noção do quanto nós somos minúsculos ante a coisas majestosas, como dançar com sua musa inspiradora, conhecer a relação de espaço entre os planetas, se sentir um pouco do todo junto a sua fé, nós nos sentimos pequenos ante a conexão e a mágica que certas coisas nos fazem sentir, mas isso nos dá coragem de tentar algo maior do que nós mesmos, um sentimento que o tempo parece apaziguar, mas você tem que dar um jeito de reacender :-)

3 comentários:

  1. Eu imagino que você esteja se referindo ao contraste entre humildade e arrogância.
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    De qualquer maneira, na minha opinião, algumas coisas sempre... simplesmente... acontecem. não é justo, muitas vezes nem intencional, simplesmente acontecem, é uma evolução natural das condições existentes. Infelizmente são normalmente as pessoas erradas que estão nos cargos errados por nepotismo, amizades ou outros motivos injustos, só porque recebem um salário maior, não importa que elas foram contratadas para executar uma função, isso costuma ser muito rapidamente esquecido, vemos que não importa se a pessoa é competente, mas se ela tem os contatos certos, e isso só agrava nossa frustração.
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    Em casos de "chefia", a coisa é ainda pior, raramente a pessoa possui as qualidades necessárias para ocupar um cargo em que ela tem que dizer o que outras pessoas devem fazer, não basta saber realizar a tarefa, mas é preciso ter habilidades que não são facilmente ensináveis ou aprendíveis, liderança (saber como falar com subordinados), estratégia, geralmente são inatas ou a pessoa tem ou não tem, não são de forma alguma intuitivas, muito menos simples ou comuns.
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    É fácil e inspirador seguir um líder que comprova que sabe do que fala, que participa da realidade dos comandados, que demonstra ter um plano tático e estratégico eficaz a curto médio e longo prazo, que mostra resultados sem destruir seus "soldados" no processo, no entanto isso é muito raro, a maioria dos chefes nem sequer liga pra isso! e pior ainda é quando somos obrigados nós a pagar pelos erros dos outros.
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    Lidar com arrogância, insubordinação ou simplesmente falta de respeito/profissionalismo/lógica é realmente desgastante, muitas vezes temos que apenas ativar nossas contingências pessoais, contar até 10, respirar fundo, ou o que quer que possamos fazer para não matas ninguém. Mas dá muita vontade...!
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    Cá entre nós, na verdade é um milagre que algumas organizações hierárquicas funcionem "at all" (e por isso que muitas quebram de um jeito ou outro)
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    - Nelson
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    p.s. hoje eu quero matar algumas pessoas aqui também!!!!!! >=\

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  2. bem, sim isso é o jeito errado de se sentir pequeno, mas quando eu escrevi esse post a idéia era fazer as pessoas entenderem o jeito certo. Uma das coisas que me inspirou esse post aliás, foi você (Nelson) explicando a diferença entre as distâncias de um planeta e do tamanho dele em relação a essas distâncias (falando de campos de futebol e tals) eu queria que as pessoas refletissem sobre isso... o jeito errado... bem é o jeito errado :-P

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  3. pode crer! eu acho que tem jeitos e geitos! =D
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    Aquele negócio das escalas é demais...
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    Engraçado... existem esferas de atuação em que trabalhamos de cada vez... pode ser muito próximo, como quando pintamos uma miniatura: se a tensão superficial da gota de tinta na ponta do pincel vai encostar na miniatura e espalhar da forma certa... e podemos ir regressando em "esferas"... se eu vou esbarrar no pote de tinta sobre a mesa, se tem alguém falando com a gente na mesma sala, se eu estacionei corretamente meu carro, o que eu vou fazer hoje pelo resto do dia, do final de semana, da semana que vem, mês que vem... minhas metas para esse ano, meu relacionamento com o cônjuge, com os amigos, o sentido da minha vida, meu legado, dos meus filhos, do meu país, do mundo... do universo...
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    as esferas de atenção a que me refiro são como bolhas de sabão, algumas camadas com várias pequenas sub-bolhas, outras simplesmente inseridas umas dentro das outras como uma cebola...
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    todos nós temos um limite de visualização dessas camadas, definida pelo nosso conhecimento do "universo" em que estamos inseridos, um índio talvez só conheça as imediatamente ao seu redor: comida, vida social na própria tribo e nas vizinhas, geralmente conhecemos apenas aquelas que usamos no nosso cotidiano, e quando paramos para pensar, por um motivo ou por outro, em camadas muito maiores que as que conhecemos... normalmente acabamos (por honesta ignorância) simplesmente deixando para lá, ou algumas vezes inventando nossa própria realidade...
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    Talvez seja por isso que, por exemplo, sempre que existe algum vídeo no youtube sobre esse tipo de comparação das escalas do universo, algo quintessencialmente científico, é tão comum vermos comentários religiosos... é um fenômeno muito curioso =)

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